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Concluída a digitalização do acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

 

Documentos centenários que compõem o acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) e que corriam o risco de se perder devido à ação do tempo foram digitalizados.  São mapas, plantas de cidades, das casas dos funcionários, terrenos e estações,  projetos das locomotivas, jornais da época, cartas e documentos, totalizando mais de cinco mil itens que ajudam a contar a história deste importante empreendimento de Rondônia, mas que estavam se decompondo com a presença de fungos e traças. Páginas e páginas da história do Estado em folhas tão finas que não resistiam a um rápido manuseio.

 

Os documentos são uma aula de história, já que retratam o surgimento da cidade de Porto Velho, pelos idos de 1907, a partir de uma aglomeração de pessoas ao lado de fora da cerca que protegia as obras de construção da estrada de ferro, sob responsabilidade de uma empresa de engenharia norte-americana. O povoado cresceu tanto que foi elevado à condição de município em 1914. Em 1931, a concessão de exploração da ferrovia foi devolvida ao governo brasileiro que a administrou até a paralisação definitiva das atividades em 1972.

 

Digitalização

Os documentos referentes à construção e funcionamento da Madeira-Mamoré estavam guardados na edificação conhecida como Prédio do Relógio, antiga sede da administração da Ferrovia, na avenida 7 de setembro, e foram transferidos para o antigo Palácio Getúlio Vargas.  A digitalização durou oito meses e foi feita por uma empresa especializada neste tipo de trabalho, contratada pela Santo Antônio Energia, como mais uma ação de preservação do patrimônio histórico da Madeira-Mamoré. Participaram do processo pessoas de Porto Velho, como bibliotecários e arquivistas, que foram capacitados.

 

No primeiro passo dos trabalhos, profissionais com luvas, máscaras e outros equipamentos, fizeram o tratamento dos documentos com a limpeza que envolveu a retirada de traças, desdobramento e emendas nos materiais rasgados com o uso de uma fita quase imperceptível. Após a limpeza, o material foi digitalizado. Entre os itens de destaque está uma planta de mais de 100 anos, mostrando todo o processo de montagem de uma das locomotivas da Madeira-Mamoré com o nome de todas as peças, incluindo os parafusos. Há também parte do traçado do percurso da estrada de ferro, o detalhamento para a instalação de trilhos e dormentes, mapa das residências dos funcionários da ferrovia, jornais centenários e o documento mais antigo: um mapa de um posto de saúde de Porto Velho, de setembro de 1903.

 

Os trabalhos de digitalização, que receberam investimentos de cerca de R$ 100 mil da Santo Antônio Energia, foram concluídos neste mês de novembro. O material original, que passou por processos de organização e higienização, ficará protegido e acondicionado no Centro de Documentação Histórica de Rondônia, e o digitalizado será disponibilizado ao público a partir do próximo ano no Museu Palácio da Memória Rondoniense , localizado no antigo Palácio do Governo.

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