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Movimentações de terra serão monitoradas por radar

A Santo Antônio Energia é pioneira no Brasil nos trabalhos de monitoramento remoto, que utilizam um radar acoplado em um avião para detectar alterações em terrenos localizados na região acima da barragem da hidrelétrica. Exemplos de alterações detectadas desde 2012 são ocupações irregulares, uso de Áreas de Preservação Permanente (APP) para pastagens e  proliferação de plantas aquáticas.

A novidade é que desde meados do ano passado, um estudo está ocorrendo  para que o radar possa ser usado também para monitorar movimentações de terra em barrancos localizados na área abaixo da hidrelétrica, o que possibilitaria identificar riscos de erosões. Trata-se de um Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Santo Antônio Energia em parceria com a Bradar (empresa paulista do grupo Embraer Defesa & Segurança) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).

Neste período de pesquisas que durou um ano, abrangendo um ciclo hidrológico do rio Madeira, com períodos de cheia e seca, o radar coletou dados a partir da hidrelétrica até Humaitá (AM), obtendo medidas de deslocamento de terra com a precisão de centímetros. Este trabalho até então era feito com vistorias de campo, de barco e por via terrestre. As vantagens do uso do radar são a precisão dos dados captados, a possibilidade de realizar o monitoramento nas áreas sob a floresta, sem a necessidade de desmatamento, durante o dia ou à noite, em diversas condições climáticas e de forma contínua no terreno, diferente do que ocorria nos trabalhos de campo que eram feitos ponto por ponto.

Os dados coletados pelo radar serão analisados para o estabelecimento de uma metodologia de trabalho. Segundo o coordenador de Cartografia da Santo Antônio Energia, João Bosco, a intenção é de que no futuro a metodologia desenvolvida seja disponibilizada não apenas para o setor elétrico, mas também para o governo e empresas para que sejam tomadas medidas de prevenção contra erosões e desbarrancamentos.

Este Programa de Pesquisa e Desenvolvimento está sendo apresentado no Forest Sat 2016, que é uma conferência científica internacional que divulga os mais recentes conhecimentos obtidos com o sensoriamento remoto em aplicações florestais. O evento começou esta semana, em 14 de novembro, e segue até dia 18 em Santiago, no Chile.

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