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Laboratório de reprodução de peixes tem resultado inédito no País na reprodução da piramutaba

 

A piramutaba é uma espécie de bagre migrador da Amazônia, importante para as comunidades que vivem da pesca em função do seu peso e valor comercial

 

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Larva de Piramutaba

 

O laboratório de reprodução de peixes da Hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho (RO), registra os primeiros resultados positivos de reprodução em cativeiro de uma espécie de bagre migrador da Amazônia: a piramutaba. “Este é um resultado inédito no Brasil. Foi a primeira vez que esta espécie produziu ovos viáveis, provenientes de peixes mantidos em cativeiro. Essa conquista é essencial para aprender mais sobre a biologia e comportamento da espécie, principalmente nas primeiras fases de vida”, declara Guilherme Abbad, gerente de Sustentabilidade da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela implantação e operação da hidrelétrica, no rio Madeira.

 

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Soltura de alevinos

 

Pesquisadores estimam que o gênero Brachyplatystoma, onde está inserida a piramutaba, corresponda a 80% do total de pesca de bagres do país. Somente no ano de 2013, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, cerca de 24 mil toneladas da espécie foram comercializadas. A piramutaba é uma das espécies de água doce mais exportadas da Amazônia, possui carne saborosa, muito consumida na região e em outras partes do Brasil e países vizinhos, onde a espécie migra para reproduzir. Europa e Estados Unidos são os principais importadores deste peixe.

 

Piramutaba adulta, resgatada para monitoramento

Piramutaba adulta, resgatada para monitoramento

 

Laboratório de Reprodução de Peixes

O laboratório está instalado na Hidrelétrica Santo Antônio e tem como objetivo desenvolver técnicas de reprodução artificial e alevinagem de peixes migradores do rio Madeira, utilizando as espécies Dourada, Piraíba, Piramutaba e a Zebra. Estas espécies Amazônicas foram escolhidas devido ao tamanho e peso que alcançam na fase adulta, representando maior valor comercial para a comunidade ribeirinha que vive da pesca. O investimento é da Santo Antônio Energia, em parceria com a empresa Projeto Pacu Aquicultura Ltda. e o Instituto Tecnológico Peixes do Brasil, previsto no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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